Casos de sucesso Juniscap: Diogo Teixeira

Sucesso é uma palavra em que muitos indivíduos acreditam ter um significado
objetivo, mas que, na realidade, é totalmente subjetiva.
Ser bem sucedido pode ter sentidos totalmente diferentes para diversas pessoas. Uma pessoa pode associar sucesso a uma carreira brilhante numa grande empresa, enquanto outra pode abrir o próprio negócio e independentemente da sua posição profissional pode achar que é sucesso.

Com o objetivo de compreender melhor o percurso académico e empresarial do
Diogo, foram feitas algumas perguntas que levaram a perceber melhor o que o leva a ter a mentalidade que possui atualmente.

1º- O que para ti define uma pessoa de sucesso?

Uma pessoa de sucesso, é uma pessoa que se sinta realizada com a vida que tem,
tanto a nível pessoal, como profissional.

É encontrar o balanço perfeito entre tudo o que considera importante, pode ser um certo salário, construir uma família, ter um negócio lucrativo, ter liberdade financeira, alcançar um determinado objetivo, definir um conjunto de coisas que nos fazem felizes e conseguir chegar lá.

2º- Qual foi o teu percurso académico no ISCAP?

Se eu tivesse de descrever numa palavra, seria atribulado.

Entrei no ISCAP na Licenciatura em Comunicação Empresarial. O meu primeiro ano não foi o que eu idealizei para o ensino superior. Eu cheguei ao ISCAP com a minha mente apenas focada em estudar e tirar as melhores notas possível, era um rato de biblioteca. Não estava a fazer amigos, não ficava com os colegas de turma depois das aulas, desisti da praxe, até que poderei desistir do curso por causa de tudo isso. No final do primeiro ano, eu tive duas escolhas: ou desistia e ia trabalhar, ou dava uma segunda oportunidade. Decidi dar uma segunda oportunidade e voltei à praxe e entrei no Programa de Buddies da COMAP. Foi bastante difícil para mim conseguir estar na praxe, orientar alunos internacionais, frequentar as atividades da COMAP e ainda fazer as cadeiras todas por frequências, mas consegui!

Após terminar o programa de buddies do 1º semestre, fui convidado para a equipa e passei a ser o gestor do programa de buddies. Durante o ano também preparei a minha candidatura a ERASMUS e fui aceite para ir no terceiro ano. Comecei o terceiro ano com uma notícia incrível, fui nomeado para o próximo Presidente da COMAP, algo que até hoje me enche de orgulho. No penúltimo dia dessa semana, embarquei para ir para a República Checa em Erasmus, sem dúvida a melhor experiência que já tive na vida. Quando voltei no segundo semestre, candidatei-me à Juniscap, para o departamento comercial e fui aceite na equipa passadas algumas semanas.

No final deste ano, candidatei-me a Mestrado no ISCAP, apenas porque não estava pronto para abandonar a vida académica.
Fui aceito no mestrado em Assessoria em Comunicação Digital e comecei o primeiro semestre do Mestrados por dividir a COMAP em departamentos e nomear um novo Presidente, eu passaria a ser o Diretor do novo departamento de comunicação. Pouco tempo depois, fui nomeado Diretor do departamento comercial na renovação do mandato.
Ainda poucos dias depois, fui convidado para integrar a recém-formada Lista P para a Direção da AEISCAP. Após meses de preparação e uma campanha muito renhida com a concorrência, ganhamos e passei a estar inserido na coordenação de comunicação. No segundo semestre, candidatei-me à equipa d’A Coluna e passei a integrar também o departamento de design..

Chegamos agora ao 5º e último ano. Na COMAP fui nomeado a Tesoureiro da Direção, na Juniscap sou nomeado Vice-Presidente Externo da Direção, n’A Coluna fui nomeado Coordenador do projeto e na AEISCAP continuo na coordenação de design após mais uma campanha ganha e, porque não era suficiente, candidatei-me à equipa do Fórum de Comércio Internacional 2021 e passei a integrar a sua equipa de Comunicação. A juntar a isto tudo, candidatei-me à Inspiring Future e passei a ter um contrato de trabalho.

Não vou mentir, foi difícil gerir tudo. Algumas vezes não cumpri os objetivos todos nos projetos, mas dei o meu melhor em tudo e sei que deixei a minha marca. Na COMAP deixei uma estrutura sustentável para acolher estudantes internacionais, na Juniscap consegui dar um contributo forte para se tornar na 1ª Júnior Empresa do Politécnico do Porto, n’A Coluna consegui, juntamente com a equipa, trazer notícias relevantes aos estudantes 3x por semana, na AEISCAP dei continuidade ao excelente trabalho em prol dos estudantes e no Fórum de Comércio Internacional contribui para mais um evento de excelência que traz valor ao instituto.

Mas assim se passaram 5 anos inesquecíveis que repetiria novamente num abrir e fechar de olhos.

3º- Ao longo do teu percurso o que é que te levou a participar em outras atividades para além de te focares só na licenciatura?

A principal razão foi a diferenciação no mercado de trabalho. Existem milhares de jovens iguais a mim, com uma licenciatura em comunicação empresarial e sem experiência de trabalho. E outros vários milhares que não sabem o que fazer quando chegar a altura de ir trabalhar.

Eu cheguei ao mercado de trabalho com as minhas soft skills aprimoradas, com
resultados para evidenciar o meu conhecimento e experiência muito valiosa para um jovem.
Não foi difícil encontrar uma oportunidade com tanta história para contar.

Daí eu considerar as atividades extracurriculares extremamente importantes, à
semelhança do estudo.

4º- Dada a nossa atualidade, o que é que te despertou para teres um espírito de empreendedor e o que é que mais gostas no que toca aos teus negócios?

A ambição de querer sempre mais e a diferenciação que isso pode trazer ao meu
perfil. Eu sempre quis ser aquele jovem que queria ter o seu próprio negócio, prosperar nele, aparecer na TV e nos jornais pelos seus feitos e conseguir inspirar outros a fazer o mesmo.

O que me fez dar finalmente o passo foi, sem dúvida, a pandemia e o facto de estar parado. Eu senti-me impotente nas primeiras semanas em casa e sabia que era uma oportunidade para eu testar e errar, pois tinha agora tempo para aprender com isso. Decidi arriscar em algo que acreditava e deu certo – consegui concretizar exatamente o que eu procurava.

O que eu mais gosto nos negócios é a adrenalina derivada do risco associado. O
mercado é altamente volátil e isso traz-nos problemas diários de adaptação. Adoro pensar em soluções e implementá-las. Ver os resultados faz-me sentir realizado. Gosto também de desfrutar da jornada que me fez chegar até lá.

5º- Quais seriam as tuas sugestões para aqueles que ainda não sabem ou ainda não encontraram algo que realmente gostam e se sintam felizes a fazer?

Pode parecer clichê, mas a melhor sugestão é não desistir. Se eu tivesse desistido do curso e não tivesse dado uma segunda oportunidade a mim e às minhas capacidades, eu estaria neste momento a trabalhar em algo que não gostava.

Se não sabem qual é a profissão para vocês, experimentem várias coisas enquanto ainda estão a estudar! Façam estágios, peçam às empresas para fazerem visitas, participem em eventos, estabeleçam contactos.

Podem fazer isso tudo, mas nunca se esqueçam que têm de se sentir felizes com
isso. Sabem que estão na profissão certa quando não reparam que o horário de trabalho já acabou. Sabem que estão no caminho certo quando trabalham para viver e não vivem para trabalhar, sentir isso é que faz de um profissional feliz.

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